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Viagem ao passado: o Museu Arqueológico Nacional de Nápoles e as origens do Partenope

O Museu Arqueológico Nacional de Nápoles representa uma das instituições culturais mais importantes do mundo, um verdadeiro baú que conta a história antiga de uma das cidades mais fascinantes e historicamente significativas do Mediterrâneo. Localizado no coração de Nápoles, o museu não só abriga uma incrível coleção de achados arqueológicos, mas também é um lugar onde o visitante pode mergulhar nas origens mitológicas e históricas de Partenope, antigo nome de Nápoles. Este artigo pretende guiar o leitor numa viagem no tempo, explorando os dez destaques deste extraordinário museu.

Começamos pela história e fundação do Museu Arqueológico Nacional, que remonta ao período Bourbon, quando o acervo de obras de arte e achados arqueológicos começou a tomar forma. Posteriormente, nos aprofundaremos nas coleções permanentes, que oferecem um amplo panorama do cotidiano das antigas civilizações que habitaram a região, com especial atenção aos tesouros provenientes das escavações de Pompéia e Herculano. Outro aspecto fascinante é a seção egípcia, que chama a atenção pela sua raridade e importância.

A arte grega e romana está bem representada, destacando a influência destas culturas na história da humanidade. Mas não vamos parar por aí: o Gabinete Secreto, com a sua coleção de arte erótica, oferece um olhar ousado sobre aspectos menos conhecidos da vida antiga. As esculturas Farnese, entre as mais famosas do museu, representam uma obra-prima da escultura e da arte.

Por fim, exploraremos a topografia de Partenope e suas origens mitológicas, concluindo com sugestões de roteiros recomendados para uma visita completa. Este artigo não é apenas um convite à visita ao museu, mas também uma oportunidade para descobrir as raízes históricas e culturais de Nápoles, uma cidade que continua a encantar e surpreender os seus visitantes.

História e fundação do Museu Arqueológico Nacional de Nápoles

O Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, localizado no coração da cidade, é um dos museus arqueológicos mais importantes do mundo e possui uma rica história que remonta ao século XVIII.

O museu foi fundado em 1750 como "Museu Farnese" por Carlos de Bourbon, rei de Nápoles e da Sicília, com o objetivo de conservar e valorizar as extraordinárias coleções de achados arqueológicos provenientes das escavações de Pompéia e Herculano. Ao longo dos séculos, o museu continuou a enriquecer-se graças a importantes descobertas arqueológicas e a doações de particulares e instituições.

Em 1860, com a unificação da Itália, o museu passou a ser propriedade do Estado italiano e assumiu o nome atual de "Museu Arqueológico Nacional de Nápoles". Durante o século XX, o museu foi alvo de importantes intervenções de restauro e ampliação, que permitiram melhorar a sua usabilidade e conservação das obras expostas.

Hoje o Museu Arqueológico Nacional de Nápoles abriga uma extraordinária coleção de achados arqueológicos que contam a história da antiga cidade de Nápoles e das civilizações que a habitaram ao longo dos séculos. Entre as obras mais famosas do museu estão as esculturas Farnese, os tesouros de Pompéia e Herculano, a seção egípcia e as obras de arte grega e romana.

As coleções permanentes do Museu Arqueológico Nacional de Nápoles

O Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, localizado no coração da cidade, é um dos museus arqueológicos mais importantes do mundo e possui uma vasta coleção de achados da Campânia e de outras regiões do sul da Itália.

As coleções permanentes do Museu estão divididas em diferentes seções temáticas, que permitem aos visitantes mergulhar na história e na cultura da Nápoles antiga e das cidades próximas. Entre as seções mais importantes do Museu está aquela dedicada aos achados das escavações de Pompéia e Herculano, duas cidades soterradas pela erupção do Vesúvio em 79 DC. Aqui é possível admirar afrescos, mosaicos, objetos do cotidiano e achados arqueológicos que nos permitem compreender a vida das antigas cidades romanas.

Outra seção de grande interesse é a dedicada à coleção egípcia, que possui uma vasta gama de achados do antigo Egito, incluindo múmias, sarcófagos, estátuas e objetos rituais. Esta seção oferece aos visitantes a oportunidade de mergulhar na fascinante cultura egípcia e descobrir os segredos desta antiga civilização.

O Museu também abriga uma rica coleção de arte grega e romana, com esculturas, vasos, joias e outros achados que testemunham a grandeza da arte clássica. Entre as obras mais famosas estão as esculturas Farnese, provenientes da coleção dos Farnese, uma das mais importantes famílias nobres de Nápoles.

Finalmente, o Museu possui o famoso Gabinete Secreto, uma seção dedicada à arte erótica da Roma Antiga, com uma vasta coleção de objetos eróticos e pinturas que oferecem um vislumbre incomum da vida privada dos romanos.

As coleções permanentes do Museu Arqueológico Nacional de Nápoles oferecem aos visitantes uma viagem fascinante pela história e cultura da antiga Campânia e são um lugar imperdível para quem deseja descobrir as maravilhas da antiguidade.

Os tesouros de Pompéia e Herculano

Pompeia

Os tesouros de Pompéia são uma das principais atrações do Museu Arqueológico Nacional de Nápoles. Pompéia foi enterrada sob um manto de cinzas e lapilli durante a erupção do Vesúvio em 79 DC, preservando intacta a vida cotidiana da era romana. O museu exibe numerosos achados das escavações de Pompéia, incluindo afrescos, mosaicos, objetos de bronze e vidro, bem como os famosos moldes de gesso das vítimas da erupção.

Herculano

Herculano também sofreu o mesmo destino de Pompéia durante a erupção do Vesúvio. O sítio arqueológico de Herculano está repleto de tesouros, incluindo vilas patrícias com esplêndidos afrescos, mosaicos e objetos do cotidiano perfeitamente preservados. No Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, estão expostos os achados das escavações de Herculano, permitindo aos visitantes mergulhar na vida da antiga cidade romana.

Os tesouros de Pompéia e Herculano são um testemunho extraordinário da arte, da cultura e da vida cotidiana da era romana. Graças às preciosas coleções presentes no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, os visitantes podem admirar de perto estes extraordinários achados e compreender melhor a história destas cidades antigas.

A secção egípcia do Museu

Uma coleção extraordinária

Uma das seções mais fascinantes do Museu Arqueológico Nacional de Nápoles é, sem dúvida, aquela dedicada ao antigo Egito. Esta extraordinária coleção é composta por achados de diversas campanhas de escavações realizadas no Egito ao longo dos séculos, incluindo as famosas coleções de Antonio Piombino e Giuseppe Almagià.

O Museu possui uma grande variedade de artefatos egípcios, incluindo sarcófagos, estátuas, amuletos, objetos de culto e papiros. Entre as peças mais famosas está o sarcófago de Nefertari, a rainha favorita de Ramsés II, decorado com esplêndidas imagens e hieróglifos que narram sua vida e reinado.

Outros achados de grande importância são as múmias, entre as quais se destaca a de uma mulher chamada Ísis, que preserva intactas as bandagens e amuletos com os quais foi enterrada há mais de dois mil anos.

A secção egípcia do Museu Arqueológico Nacional de Nápoles oferece aos visitantes uma oportunidade única de mergulhar na antiga civilização egípcia e descobrir a sua arte, a sua religião e a sua história através dos numerosos artefactos em exposição.

Arte grega e romana em exposição

Arte grega

A arte grega representa uma parte fundamental das coleções do Museu Arqueológico Nacional de Nápoles. Entre as obras mais significativas está o famoso Touro Farnese, uma escultura em mármore que representa uma luta de touros com um centauro. Esta obra remonta ao século II aC. e é considerada uma das obras-primas da arte grega antiga. Outras obras notáveis ​​são as estátuas de Apolo e Ártemis, bem como numerosos vasos decorados com cenas mitológicas e da vida cotidiana.

Arte romana

A arte romana está amplamente representada nas coleções do Museu Arqueológico Nacional de Nápoles. Entre as obras mais importantes está a estátua de Ercole Farnese, uma escultura em mármore que representa o lendário herói mitológico Hércules. Outras obras significativas são os mosaicos romanos, estátuas de imperadores e figuras ilustres da época, bem como numerosos achados arqueológicos de vilas romanas na região do Vesúvio.

As obras gregas e romanas expostas no Museu oferecem aos visitantes uma oportunidade única de mergulhar na arte e na cultura da antiguidade clássica, permitindo-lhes apreciar o domínio artístico e a riqueza do património histórico de Nápoles e seus arredores. A secção dedicada à arte grega e romana é uma das grandes atracções do Museu Arqueológico Nacional, onde os visitantes podem admirar obras extraordinárias e ficar fascinados pela beleza e grandiosidade da arte antiga.

O Segredo do Gabinete

Uma coleção controversa e fascinante

O Gabinete Secreto é uma das seções mais discutidas e fascinantes do Museu Arqueológico Nacional de Nápoles. Fundado em 1816 pelo rei Francisco I de Bourbon, este espaço foi inicialmente concebido como uma espécie de “sala secreta” acessível apenas a um grupo seleto, onde eram guardadas obras de arte consideradas demasiado “arriscadas” para o público em geral.

A coleção do Gabinete Secreto é composta principalmente por achados de natureza erótica de Pompéia e Herculano, duas cidades antigas soterradas pela erupção do Vesúvio em 79 DC. Entre as obras mais famosas estão os famosos “quadros”, pequenos painéis de madeira decorados com cenas sexuais explícitas e estátuas de divindades e figuras mitológicas com poses provocantes.

A presença deste tipo de descoberta tornou o Gabinete Secreto objeto de inúmeras controvérsias e debates ao longo dos séculos. Alguns consideram-no um lugar de depravação e imoralidade, enquanto outros o apreciam pela sua importância histórica e artística, como testemunho da vida quotidiana e das crenças da Roma Antiga.

A visita ao Gabinete Secreto é recomendada a um público adulto consciente do carácter controverso destas obras, mas representa ainda uma oportunidade única para mergulhar na intimidade e no lado mais oculto da arte romana.

As esculturas Farnese

A coleção

O Museu Arqueológico Nacional de Nápoles possui uma das mais importantes coleções de esculturas antigas do mundo, entre as quais se destacam as famosas esculturas Farnese. Esta extraordinária coleção leva o nome da família Farnese, que foi uma das famílias nobres italianas mais poderosas da Renascença e que coletou uma quantidade impressionante de achados arqueológicos.

Origem das esculturas Farnese

As esculturas Farnese levam o nome da família que as comprou no século XVI. Esta coleção estava originalmente localizada no Palazzo Farnese em Roma, mas ao longo dos séculos muitos destes achados foram transferidos para o Museu Arqueológico de Nápoles para preservá-los e torná-los acessíveis ao público.

Principais obras

As esculturas Farnese incluem obras-primas da arte antiga, como o Touro Farnese, uma estátua de mármore que representa o mito de Jasão e o Touro de Mil Mãos, e o Hércules Farnese, uma estátua de mármore que representa o famoso herói mitológico Hércules. Estas obras são consideradas uma das expressões mais importantes da arte clássica e são admiradas por visitantes de todo o mundo.

Além disso, a coleção inclui uma vasta gama de esculturas, relevos e bustos representando divindades, heróis e figuras históricas da antiguidade, oferecendo aos visitantes uma visão extraordinária da arte e da cultura da era greco-romana.

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A topografia de Partenope

Origens e história

A topografia de Partenope é um dos aspectos mais fascinantes da história de Nápoles. O nome "Partenope" remonta à mitologia grega antiga, segundo a qual a cidade foi fundada por Partenope, uma sereia que cometeu suicídio depois que Ulisses rejeitou sua canção. A cidade foi então fundada novamente pelos colonos gregos no século VI aC. e tornou-se um importante centro comercial e cultural.

Características geográficas

Nápoles está localizada em uma posição privilegiada, a meio caminho entre o Vesúvio e o mar, com uma vista deslumbrante do Golfo de Nápoles. A cidade está construída sobre uma série de colinas e vales, que conferem um carácter único à sua paisagem urbana. O centro histórico, com as suas ruas sinuosas e vielas pitorescas, é um labirinto de história e tradição.

Locais de interesse

A topografia de Partenope é rica em locais de interesse histórico e cultural. Entre os locais mais importantes estão o Castel dell'Ovo, uma imponente fortaleza com vista para o porto de Nápoles, e o Maschio Angioino, um castelo medieval que foi residência dos governantes angevinos. Outros locais de interesse incluem o bairro Spaccanapoli, com as suas igrejas barrocas e lojas de artesanato, e o bairro Quartieri Spagnoli, com as suas ruas estreitas e edifícios históricos.

Curiosidades e lendas

A topografia de Partenope é rica em curiosidades e lendas. Diz-se que sob o centro histórico de Nápoles existe um labirinto de túneis e passagens secretas, que escondem tesouros escondidos e passagens antigas. Além disso, diz-se que o Vesúvio é habitado por um dragão gigante, que zela pela sorte da cidade e protege os seus habitantes.

Concluindo, a topografia do Partenope é um elemento fundamental da história e da identidade de Nápoles. Explorar seus lugares e suas lendas é uma viagem fascinante ao passado e ao presente desta cidade fascinante.

As origens mitológicas de Nápoles

As lendas sobre a fundação de Nápoles

A cidade de Nápoles tem origens mitológicas antigas que remontam à lenda grega. Segundo a tradição, a fundação de Nápoles é atribuída ao mítico herói grego Partenope, filho de Aquelous, o deus dos rios, e à musa Calíope. Partenope, naufragado na costa da Campânia, decidiu fundar uma nova cidade que chamou de Partenope em sua homenagem. Esta cidade mais tarde tornou-se Nápoles, um importante centro da Magna Grécia.

O vínculo com a sereia Partenope

Outra versão da lenda diz que Nápoles foi fundada pela sereia Partenope, uma das três sereias presentes na Odisseia de Homero. Segundo esta versão, Partenope, cansada de cantar para atrair os marinheiros, atirou-se ao mar e o seu corpo atingiu a costa da Campânia, dando origem à cidade de Nápoles. Ainda hoje, a sereia Partenope é o símbolo da cidade e sua estátua está localizada na Piazza Municipio.

O mito de Netuno e o nascimento do nome Neápolis

Outra lenda ligada às origens de Nápoles diz respeito ao deus Netuno, que criou uma fonte de água doce no meio do mar para saciar a sede da ninfa Partenope. Este lugar se tornaria o centro da nova cidade, que foi chamada de Neápolis, ou "cidade nova", para se distinguir da vizinha Partenope. Ainda hoje, a fonte de Netuno é uma referência no centro histórico de Nápoles.